Hoje ao almoço falava-se de saudades de casa. Penso que ao fim de 6 meses sem voltar a Portugal realmente as saudades começam a apertar.
Cada um sente falta de coisas diferentes. Uns da chuva, outros do frio, outros do cheiro da relva e da terra molhada na serra, dos cães, dos gatos, dos domingos à tarde à lareira, dos peixinhos grelhados ao almoço, das alheiras (ainda que essas apareçam por aqui de vez em quando, com alguma visita, mais o nosso bacalhau e uns choriços para enganar a saudade).
Mas entretanto eu também me lembrei de uma coisa a propósito disto da relva e das saudades. Lembrei-me quando o meu pai costumava cortar os arbustos do nosso prédio, com uma tesoura muito grande, quando eu era mais miúda. Depois eu e a minha irmã íamos ajudar a varrer a rua... o meu pai a certa altura tirava a camisola porque ficava sempre a suar enquanto os vizinhos ficavam a olhar pela janela a ver-nos trabalhar. Quem passava também ficava a olhar. Talvez com uma máquina fosse mais fácil. Pode ser. Ou não.
Mas aquela rua ficava um mimo... e os arbustos também, todos certinhos até ao milímetro que ao meu pai não lhe escapava uma folhinha fora do sítio!
Cada um sente falta de coisas diferentes. Uns da chuva, outros do frio, outros do cheiro da relva e da terra molhada na serra, dos cães, dos gatos, dos domingos à tarde à lareira, dos peixinhos grelhados ao almoço, das alheiras (ainda que essas apareçam por aqui de vez em quando, com alguma visita, mais o nosso bacalhau e uns choriços para enganar a saudade).
Mas entretanto eu também me lembrei de uma coisa a propósito disto da relva e das saudades. Lembrei-me quando o meu pai costumava cortar os arbustos do nosso prédio, com uma tesoura muito grande, quando eu era mais miúda. Depois eu e a minha irmã íamos ajudar a varrer a rua... o meu pai a certa altura tirava a camisola porque ficava sempre a suar enquanto os vizinhos ficavam a olhar pela janela a ver-nos trabalhar. Quem passava também ficava a olhar. Talvez com uma máquina fosse mais fácil. Pode ser. Ou não.
Mas aquela rua ficava um mimo... e os arbustos também, todos certinhos até ao milímetro que ao meu pai não lhe escapava uma folhinha fora do sítio!
4 Comentários:
Olha que nem de propósito!Pouco tempo antes de escreveres este artigo, fui levar a Avó a casa e estivémos a ver os arbustos lá do jardim e eu disse-lhe;
-Estes arbustos, foi o Jorge que os plantou!E as plantas roxas também e trouxe-as da Costa Nova de
casa da Tia Bela!
Coincidência, não é?
Há coisas!
Beijinhos
Mummy
Bei
lol
o papá a tirar a camisola, tipo sex symbol, todo suado, a cortar os arbustos!!! faço ideia as vizinhas tudo de olho arregalado
É verdade que os arbustos ficavam um mimo, mas também eram um mimo as minhas filhas que sempre me ajudaram nestas lides e nunca se negaram.
Lembro-me mesmo que em algumas ocasiões tomavam a iniciativa e nunca tiveram peneiras.
Também assim brincavam.
Obrigado por esses momentos.
Um beijo grande.
Imagino os vizinhos a ver o teu pai da janela em tronco nu, a cortar os arbustos, claro :)
Bjs
Tio Batata
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