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my red valentine

"per i bambini dell'asilo ci sono delle caramelle istruttive: hanno il gusto della fragola, dell'ananas, del ratafià, e contengono alcune facili poesie.." gianni rodari

26 de fevereiro de 2008

dúvidas

porque é que cada vez com mais frequência tenho a impressão de que o que sei, ou aprendi, ou não serve para nada ou nunca é suficiente? parece que cada vez que olho para os lados e penso que gostaría de fazer algo diferente faz sempre falta mais um curso, mais uma língua, mas um ano de experiência, mais idade, mais isto, mais aquilo, mais, mais, mais....

agora até para ser voluntário ou participar em qualquer projecto de ajuda é preciso ser doutorado, saber 4 línguas, ter experiência nas zonas profundas da amazónia, com os indíos, em projectos semelhantes, em cargos semelhantes, com drogados, com malucos, com tudo e mais alguma coisa...


razão tinha eu quando era pequena que queria trabalhar numa loja de meias... mas se calhar nem isso, porque seria concerteza necessário experiência com máquinas registradoras, atendimento ao público, venda de meias de outros tipos, etc..

mas para que é que serve tanta coisa? para que depois te digam que o cv é bom demais? no final de contas quando chegarmos a velhos esquecemos metade, senão tudo, aquilo que aprendemos... uma vida inteira de estudo, de mais cursos, disto e daquilo, para quê? se é por gosto ok, eu gosto imenso de estudar, mas se cada vez mais é insuficiente o que sabes... parece que se leio um livro deveria ler dois, se vivi em dois países deveria ter vivido em três, se não faço nada deveria ter feito nada mais intensamente... e nunca é suficiente!! É uma competição global!! É um ciclo vicioso!! Não quero!! Possivelmente é uma fraqueza minha e eu deveria olhar só e tão somente para mim, para a minha vida, o que quero e o que preciso mas é inevitável olhar para os lados...!!

uffa! Não sei. Estou um pouco confusa hoje.

6 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Pois é, ha dias assim. Daqueles em que dizemos "eu devia era dedicar-me à pesca ou a apanhar bonés".

Crescemos num mundo diferente daquele em que cresceram os nossos pais: apesar de eles terem passado maus bocados a todos os niveis, eu as vezes dou por mim a pensar que no tempo do Salazar é que era (credo). Mas vendo bem, as coisas eram mais normalizadas, era preciso pouca coisas para se ser feliz, porque era sempre tudo tao pouco o que se tinha. Dava-se valor a outras coisas que realmente importam, aprendia-se a poupar, a estimar e a parar para apreciar. Aprendia-se a enfrentar a vida. Nada era dado como adquirido. E haviam contratos de trabalho, ferias pagas, 20 anos no mesmo emprego, estabilidade para ter filhos e familia.

Hoje, nada disto mais existe e nos crescemos e estudamos para aprender a viver num mundo onde nunca nada esta bem. Nunca nada e suficiente. Ninguem se contenta. Hoje um computador serve, amanha ja e ultrapassado. Existem millhentas marcas de detergente para a loiça quando so precisamos é de um que seja eficaz. As coisas mais simples complicaram-se. Ate as relaçoes entre as pessoas. Ja ninguem se casa, tudo se junta. Nao chega um curso, tem que se tirar um mestrado, um doutoramento, viajar por esse mundo fora, saber milhentas linguas e ha sempre alguem que seja melhor do que nos e a competiçao e estupidamente feroz. E crescemos assim, deprimidos, insatisfeitos, ninguem nos da credito poqrue nao teos contrato de trabalho, tem que ser os papas a fiar

Enfim, podia estar aqui a noite toda, mas acho que ja me fiz entender.

Estou contigo maninha, entendo-te. MAs olha, eu posso ter 26 aninhos, mas acho que uma coisa valiosa ja consegui aprender: tenta abstrair-te dessa confusao exterior, da pressao, da competiçao e concentra-te no que achas que esta bem e no que te proporciona paz de espirito e felicidade - estar com a familia, amigos, viver onde gostas e onde podes, um dia de solinho, dar festinahs ao teu cao, etc. Claro que nao es um bixo fechado numa gruta, vives numa comunidade em que cada pessoa tem as suas caracteristicas, mas orienta-te pelo que acima te disse. Quando fores a uma entrevista e te disserem que nao te dao emprego pk o teu cv é bom demais, pensa que se esses nao querem (parvos), outrso hao-de querer e tu propria has-de atribuir-te a ti mesma utilidade, porque a tens.

respira fundo, e tem calma que nada esta perdido.

**janecas

27 de fevereiro de 2008 às 23:58  
Blogger rita disse...

Obrigada maninha.
Que grande comentário!! Até me fizeste chorar.. e até pareces tu a irmã mais velha! :)
Eu sei que desanimo com facilidade, sou uma parva... vou tentar respirar fundo e ter calma. O mais que pode acontecer é ter de emigrar de novo!!!

**

28 de fevereiro de 2008 às 12:34  
Anonymous Anónimo disse...

No comentário anterior exprimi-me um pouco precipitadamente pelo seguinte;

Não, "não concordo nada com a Janeca".

Concordo com a maior parte das coisas que ela defende, até porque de alguma maneira são ideias e conceitos transmitidos durante o seu crescimento,mas não concordo nada quando ela diz
"no temdo do Salazar é que era".
É que eu quando leio ou ouço este comentário, que é frequente, rejeito-o defenitivamente.

Mummy

28 de fevereiro de 2008 às 18:41  
Anonymous Anónimo disse...

Este comentário absorveu o que eu tinha feito antes e que ainda não tinhas publicado.
Daí eu dizer "que no anterior me tinha exprimido precipitadamente.

Mas não faz mal, pois o que eu queria dizer, básicamente está exposto.

No entanto tinha dito também, para teres paciência Rita e para não desanimares que tudo se há-de compor.
E que todos os conhecimentos que adquiriste e que fazem parte do teu CV e que ainda não foram suficientemente valorizados, são fruto de um grande mérito teu, que de qualquer modo te irão sempre valorizar. Mais cedo ou mais tarde vais ver que te vão ser úteis, pois como se costuma dizer, "0 saber não ocupa lugar".
Mais uma vez beijinhos neste dia especial para nós e bom jantar.
Mummy

28 de fevereiro de 2008 às 19:26  
Anonymous Anónimo disse...

oh mae,

quando eu digo que no tempo do salazar é que era, digo-o em tom de brincadeira e num contexto que pelos vistos nao compreendeste. Nao quero que seja compreendido no seu sentido literal, mas sim no sentido em que o tempo de salazar é o tempo em que, em parte, viveram os meus avos e os meus pais, logo e tendo em conta o que leio desse tmpo e o que voces me contam, associo sempre esses tempos a muitas coisas boas e importantes (que eu valorizo) que hoje estao postas de lado. Entendes? Tudo o resto que foi mau e que hoje ja nao existe, ainda bem que assim o é, ainda bem que evoluimos e melhoramos o que tinha que ser melhorado. Agora o que quero dizer e que no meio dessa evoluçao, muitas outras coisas tambem se perderam, coisas boas.

29 de fevereiro de 2008 às 02:52  
Blogger rita disse...

Eu entendi o que vocês quiseram dizer... :)

Quanto ao jantar, o meu foi bom e o vosso?

Beijinhos**

29 de fevereiro de 2008 às 12:13  

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